segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pai...

-


Pode ser que daqui algum tempo
Eu encontre palavras jogadas ao vento
Situações que eu não quis viver,
Eu vivi.

Hoje eu conto a minha historia
Que ao menos confusa não é vitoriosa
Sentimentos difíceis da vida...

Pra falar de amor é preciso momentos
Que até hoje
Eu não sei como são.

Certa vez eu me apaixonei
Nem ao menos pedi seus conselhos
Paterno, que muitas vezes são os mais certos.

Olha, eu queria segurar sua mão
Pra mostrar que esse lance do coração
Só podia curar
Com seu abraço.

E lembrar que as melhores
Coisas da vida
Eu senti, segurando sua mão.

Eu queria voltar a ser criança
Neste mundo escuro que dá tanto medo
Só queria poder consertar a situação.

Certas vezes eu não soube valorizar
Os carinhos que o senhor
Sempre insistiu em me dar.

Me fazendo feliz
Nas horas de escuridão...

Só queria poder segurar sua mão
E dizer que tenho medo da vida
Não consigo enfrentar mais a situação
Que a vida me impôs sem perdão...

Pai, eu te amo e quero que saiba disso
Você é a melhor parte desse caminho
Sei que quer pra mim tudo de mais lindo...

Embora eu não saiba reconhecer
Tantas coisas que não consigo entender
Olhando pra você, tudo fica mais fácil...



Meu pai sempre tentou colocar fantasia
Na infância me mostrando os anjos
Mas agora que cresci
Não há anjos, há demônios.

Meu pai tentou me poupar
Mas eu já sou grande
Tentou fazer não me preocupar
Nos momentos difíceis da vida.

Os caminhos antes enfeitados
Hoje são cobertos por algo triste
A vida mostrou por todos os lados
Que aquele anjo da infância não mais existe.

Igor Gonçalves

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos