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Ah eu estou tentando esquecer
Os tempos perdidos
Os mal-entendidos.
Eu estou tentando
Produzir palavras incompreendidas
É comum e ao mesmo tempo estranho
Procurar ás vezes por feridas antigas.
Ai, quem pensa que é verdade?
Não sabe mentir
Disseram que aquilo era a metade,
Mas hoje eu sei o que descobri.
E não digo isso por simples vontade
O que sei é o errado.
Ou pelo menos deveria ser,
Não sou nada de mais por ter-lhe amado.
As praias estão ventando em triste sincronia
Esperando por mim elas estão
Um lugar onde possa soprar minha agonia
Longe do inferno e deste turbilhão.
Só que eu apenas precisava me isolar
Das pessoas, dos livros e deste lugar
Viver em culturas distantes
Observar o mundo por lugares nunca vistos antes.
As pessoas deixaram-me descrente
Julgava-se ser livre para voar
Mas isto é coisa do passado
Que nem sempre é igual no presente.
Minha voz está no ar,
Assim como minhas palavras
Queria ter um tempo para ajuntar
Antes que sumissem e nunca mais conseguisse as encontrar.
Mas creio que se alguém um dia chora
Num outro pode estar contente
A vida vai passando de um jeito
Onde o futuro chama-se Imensamente.
Igor Gonçalves
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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos