Cânticos pousam em minha memória
De magoados romances sobrepostos
Caem livremente num livro de histórias
Fugindo de parágrafos opostos.
Nas páginas que sou obrigado a ler
Secas imagens voam até cair
Dando um resumo que nunca soube fazer
Abismo do qual não consegui fugir.
Busco nas lianas uma forma de sair
Nas folhagens que rasgam minha face
Nos galhos que me fazem ouvir
O desprendimento da maldade.
Escrevo alguns versos
Rasgo algumas palavras
Ecos invadem meu cérebro
Silabas não conseguem ser formadas...
O freio consegue impedir
As sendas invadem inutilmente
Meus braços fazem cruzes
Imploram por fugas melhores e sutilmente...
Eu caí.
Meus pensamentos são espectros mal vistos
Impróprios como um bando de ventos
E pergunto... Quase sempre nunca atino
Respostas que seriam dadas, sobre meu próprio destino.
Igor Gonçalves
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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos