quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Amor na cor vermelha



Meu coração está enterrado no fundo da calunga
Desrespeito é achar que sou perfeito
Por viver tão só, vivo como se não sorrisse nunca
Pois assim é a melhor maneira de caminhar direito.

Tropeço e me despeço no meu cair
Anoiteço e me aborreço nesse mar de escuridão
Ando conforme a música pedir
No entanto meus ouvidos perderam a audição.

Sensitivo e manuscrito, deixo a paz em uma redoma.
Penso por instante em um caminho inconstante
Oro por horas melhores para acordar desse coma.

A cor interna do peito é borralho
Quente como a alegria de um vulcão
Frio como uma noite inteira de solidão.

É por mim que esse mar não tem fim
Fundo é agosto por desgosto
Raso são pessoas de sentimento ruim.

Os pontos em meu peito vão se auto coser
Um dia formará uma bela imagem
Enquanto isso não acontecer
Tudo que vivo não passa de miragem.

A tela de um quadro que se assemelha
É triste que não desiste
É frio que não resiste
É romance, é tudo, é amor na cor vermelha.


Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos