sexta-feira, 12 de março de 2010

ABSTRAÇÃO

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Não consigo dormir direito
A raiva é incontrolável
E está consumindo meu peito
Rapidamente não consigo ser mais amável.

Confuso, confuso...
O tempo devagar me atormenta
Causando-me certo ódio intruso
Um pensamento rápido, uma bala de menta...
A vida já não é mais mesma...

Está tudo tão errado,
Eu perdi o meu jeito de ser.
Vejo os meus sonhos derrubados
Por coisas pequenas, por não saber escolher.

As pessoas deixam-me sem paciência
Minhas palavras são frias
E minha mente vive certa dormência
Que sei que é por falta de alegrias...

Todo dia eu acabo morrendo
Seja por palavras, seja por atitudes.
Complicado já está sendo
Embora não consiga mais sentir o amor em grande magnitude.

Sei que estou decepcionando
Estou sendo completamente um fracasso
Discussões bobas ferem meu acaso
E o que me resta é ás vezes ficar chorando...

As lágrimas limpam a visão
Que embora sejam queimadas
Enxergam o poder de uma doce ilusão
Causada por atitudes mal pensadas.

Raiva é o que sinto,
Não sei nem se tenho motivo...
Para sentir algo com tanto afinco
Que eu sei, é feio... Um risco!

O que posso fazer
Se em mim a raiva arde
É injusto, deixar-me perecer
Neste horrível veneno covarde.

Em meu peito queima a chama
Fria como a luz
E centelhas de pedaços em volta da cama
Fazem-me sentir o peso da cruz.


O mundo está sob meus ombros
Não agüento mais o peso
A vida é uma cidade em escombros
Onde eu sou um personagem indefeso...

De mim mesmo.


Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos