domingo, 28 de março de 2010

FIM TRANQUILO

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Numa longa madrugada
Eu de certo estava bêbado
Em meio a um céu de auroras
Tropeçavam os pés nos passos dados.

Vitima de um consenso estúpido
Causado por uma fascinação profunda
Escrevi dizeres proféticos
Nos envelopes brancos dos meus médicos

Acharam que louco eu estava
Embora pudesse sentir o apelo
Significativo causado por meu degredo,
Ainda assim insistia em terminar meu enredo.

Os céus estavam brilhando
E seus olhos diziam-me alegorias
A cabeça não funcionava mais do mesmo jeito
Ou talvez estivéssemos alucinando?

Mas por que me abraçaste tão apertado
Se por ventura fosse a ultima vez
Que nos viríamos nessa terra sagrada
Onde quem reina é o ‘burguês’.

Onde foi que meteram o nariz,
Por que fizeram está tragédia
Andava-se tão feliz
Longe de tudo, do fim do mundo...

Eu estou morrendo em teu seio
E sei que posso ficar tranqüilo
Pois você me beija, me acaricia
Tira-me a dor deste mundo esquisito.


Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos