sábado, 30 de abril de 2011

Outra Dimensão

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Se me foi impedido a força, por que hei de lutar?
Sussurrando à penumbra estilhaço-me no fundo da alma
Correndo assustado e espreitando os dilemas da vida
Sucumbo no refugio inexistente da calma.

Fujo na culpa ardente de não ter feito nada
Enquanto espero o pensamento brotar
Constante dúvida que por mim insiste pairar
Laqueando a vitima de um crime perfeito de morte matada.

Tanta coisa, tão depressa
As vasilhas e as tigelas
Espalhavam-se com meu sangue pelo chão.

E é tão grande a linha da calma que se desfaz
Deixando-me nublado até demais
Por que quando perde a hora
Tanta coisa me enevoa?

O mundo malmequer
E quanto mais eu penso, menos compreendo.
Inexisto no dissabor de uma passagem qualquer
Em mim mando e desmando a essência humana de puro tormento.


Ó espelho embaciado que me refletes
Como podes retratar-me de forma tão perfeita?
Lá posso enxergar em meus olhos, o queimar da ideia mágica...

Minhas palavras são filigranas
Na falta de claridade abro as venezianas
Contudo, ninguém conseguiu perceber
Que a questão é interna, não consigo resolver.

Igor Gonçalves

domingo, 10 de abril de 2011

Tesouros de um amor que sempre esperei chegar

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Fechei o guarda chuva
Pois a tempestade parou de cair
Assim consegui plantar no jardim um rosa
E te mostrei os espinhos que um dia conseguiram me ferir.

E eu confesso que só me resta
Viajar pelo universo criado por você, em mi maior.
E lá já passado o passado
Sentimento que cresce, não tem como ser menor.

Faltou ar,
Atordoado de amor eu fiquei.
Nem sei o que na hora pensei
Já sei
É a menina que eu sempre quis e amarei.

Ai meu amor, minha alma...
Você pode cuidar do meu coração
E vê-lo através da minha falsa calma...
Diz que sim, não aceito ‘não’.

Se o mundo pudesse ver tudo que você me deu
Eu mandava colocar num quadro, numa prateleira... Um troféu.
Melhor forma não há para guardar um amor
A não ser deixando-o em meu coração.

E esse mesmo que chegou
Fazendo terremoto, agitando tudo como um tufão no Japão.
Foi assim, eu me apaixonei...
Nem esperei
Apenas deixei você se aproximar.

Me dá pena do que eu passei
Chorei bebendo chá em tardes solitárias
E o saldo final de tudo isso foi negativo
Sendo fato decisivo em minhas histórias...

Aquelas mesmas que você desvendou
Traduzindo o verde dos meus olhos
Em mil páginas de um livro que você pegou
Resolveu e mudou a história com um final feliz.

Então fica... Que eu vou te fazer carinho.
Deixar você se aproximar de mansinho
Descansando em meu peito
E como eu te valorizo
Eu deixo você se acomodar, você me beijar...

Presto atenção
Espero entender
Os traços da sua face escondiam segredos
Fragmentados a nada quando te encho de beijos.

Passado o passado
Não importa o que nos aguarda
Vou manter meus olhos em você
Gosto de enxergar a vida florida de amor, com você.

Os espinhos das rosas do jardim que plantei
Foram curados pelo beijo que ganhei
Poder tão forte, que me fez ir embora
Do local onde instalei a tristeza e perdi a hora
Para viver em brancas nuvens... Então eu percebi
Que estava apaixonado
Perdido em amor absoluto
Pela mulher que conheci.

Esse seu perfume suave
Trouxe de volta um sonho perfeito
Então acordo, olho pela janela
E recito um ‘Eu sei que vou te amar’.

Ai, como amo meu amor.

Igor Gonçalves