quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Amor Insone

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Estarreço-me de surpresa ao vê-la
E por mais que eu pareça um tolo insensato
Morro de saudades do beijinho calminho dela,
Da sua braveza repentina e do seu toque perfumado.

Ela ri, suspira, soluça e chora
Morre de amor
E revive todos os dias na beleza infinita de uma aurora.
É a mulher do meu amor, é a felicidade e o calor.

Assim brilha o raio de uma noite sem dia
Que corre livremente por mim em uma corrente elétrica
Anima todos os meus sentidos, leva-me à calmaria...
Dissipa minha escuridão, deixa-me aceso como um banho de água fria.

Falo e escrevo em um estilo de poetas que não existe
Porque para escrever, é necessário ser triste.
Mesmo que por muitas vezes eu venha aqui falar,
Jamais farei obras perfeitas que apenas a tristeza poderia proporcionar.

Contudo, não há forma melhor de se viver
E nas estâncias do amor eu posso muito bem reconhecer
Que amá-la é a melhor escolha que pude fazer, tanto é que hoje lhe digo:
‘Eu não vivo sem você. ’

Igor Gonçalves

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Dar-te-ei


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Não te darei flores, não te darei, elas murcham, elas morrem.
Não te darei presentes, não te darei, pois envelhecem e se desbotam.
Não te darei bombons, não te darei, eles acabam, eles derretem.
Não te darei festas, não te darei, elas terminam, elas choram, elas se vão.
Dar-te-ei finalmente os beijos meus
Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus.
Esses embalam... esses secam... mas esses ficam.
Não te darei bichinhos, não te darei, pois eles querem, eles comem.
Não te darei papéis, não te darei, esses rasgam, esses borram.
Não te darei discos, não, eles repetem, eles arranham.
Não te darei casacos, não te darei, nem essas coisas que te resguardam e que se vão.
Dar-te-ei a mim mesmo agora
E serei mais que alguém que vai correndo pro fim
Esse morre... envelhece... acaba e chora... ama e quer... desespera... esse vai... mas esse volta.

Marcelo Jeneci