terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Futuro

Meu futuro e a única certeza é você.



Basta eu escrever a história, cujas palavras andam desalinhadas em minha desastrosa mente. A caneta já está na mão, o incentivo no coração e o sonho de conquistar isso, na mais alta plenitude da vontade humana.



 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O romance está nos versos, nas palavras e nos beijos


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Eu quero te dizer que esse amor é um dos meus maiores patrimônios
Desde quando você apareceu e exibiu esse lindo sorriso para mim
Fugiu do controle todos os meus desejos, exorcizou imediatamente meus demônios
Com um breve beijo que golpeou uma tristeza negra vermelha carmim.

Sugiro encontrar no mundo criado por nós, um romance bem-me-quer
Explanando as situações, protegendo-me de todo mal.
Quero andar pelas avenidas congestionadas e achar tudo normal
Simples até, seu amor é o que me fez um ser real.

Uma mentira mal contada
Um coração nunca seria feito a mão
Jatos de sangue regavam minhas batidas cardiacas...
Não! Meu coração é regado por você.

Calo a voz daqueles que não acreditam no romance eterno
Pois são tolos que jamais conheceram alguém como eu
Calo a mim mesmo, não preciso ‘ver’ o que está perto
Alegrar-me-ia eternamente beijando seus lábios sempre meus.

O mundo é frio
Mas eu sigo extraindo do seu peito o calor que preciso
E no interno de uma bela canção,
Tatuo uma gigantesca felicidade estampada na minha testa.

Minhas palavras jamais serão as mesmas, de fato.
Vivo um romance tão lindo que nem sei como descrevê-lo.
Enfim, eu te amo Mônica.

Igor Gonçalves

domingo, 6 de novembro de 2011

09:36

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Minha mente é um território sem governo
Sem equilíbrio, tranquilidade e sossego.
Minha vida foi tomada pelo Medo
Encurralou-me em uma jaula e aumentou meu desespero.

Eu tive vontade de gritar
Mas como ato de defesa me calei.
Eu pensei em correr para me socorrer
No entanto, fragilizei-me no chão e chorei.

A mente não quer funcionar
E as questões mais banais perdem-se na sua bagunça
É estranho e até nojento pensar
Que por muitas vezes tudo o que eu quero é me calar.

Tenho medo de ter medo
Queria apenas encontrar a normalidade
Perdi o meu amor e minhas amizades
A minha vida e minha força de vontade.

As minhas falhas não são entendidas
O medo ri da minha cara
Eu choro.

Choro muito porque não consigo entender.
Sou normal, tenho tudo e muita coisa para viver.
Eu quero a cura, mas a ajuda não chega...

Enquanto isso ocorre, eu vejo tudo se desmoronar...
O castelo do amor está ruindo
E eu não consigo parar de chorar
Tampouco sei o modo como deveria estar agindo.

Estou com saudades dela
Eu sou um completo perdedor
O medo me arrebatou de tal forma
Que foi capaz de destruir meu amor.

Ela chorou
Suas lágrimas queimaram meu coração
E o medo riu da situação
Zombou de mim, avisou que eu iria perdê-la.

Eu penso que sei como reagir
Sou enganado duramente
Não sei o que há comigo, preciso descobrir...
Isso já me feriu... Gravemente.

Igor Gonçalves

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Amor Insone

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Estarreço-me de surpresa ao vê-la
E por mais que eu pareça um tolo insensato
Morro de saudades do beijinho calminho dela,
Da sua braveza repentina e do seu toque perfumado.

Ela ri, suspira, soluça e chora
Morre de amor
E revive todos os dias na beleza infinita de uma aurora.
É a mulher do meu amor, é a felicidade e o calor.

Assim brilha o raio de uma noite sem dia
Que corre livremente por mim em uma corrente elétrica
Anima todos os meus sentidos, leva-me à calmaria...
Dissipa minha escuridão, deixa-me aceso como um banho de água fria.

Falo e escrevo em um estilo de poetas que não existe
Porque para escrever, é necessário ser triste.
Mesmo que por muitas vezes eu venha aqui falar,
Jamais farei obras perfeitas que apenas a tristeza poderia proporcionar.

Contudo, não há forma melhor de se viver
E nas estâncias do amor eu posso muito bem reconhecer
Que amá-la é a melhor escolha que pude fazer, tanto é que hoje lhe digo:
‘Eu não vivo sem você. ’

Igor Gonçalves

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Dar-te-ei


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Não te darei flores, não te darei, elas murcham, elas morrem.
Não te darei presentes, não te darei, pois envelhecem e se desbotam.
Não te darei bombons, não te darei, eles acabam, eles derretem.
Não te darei festas, não te darei, elas terminam, elas choram, elas se vão.
Dar-te-ei finalmente os beijos meus
Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus.
Esses embalam... esses secam... mas esses ficam.
Não te darei bichinhos, não te darei, pois eles querem, eles comem.
Não te darei papéis, não te darei, esses rasgam, esses borram.
Não te darei discos, não, eles repetem, eles arranham.
Não te darei casacos, não te darei, nem essas coisas que te resguardam e que se vão.
Dar-te-ei a mim mesmo agora
E serei mais que alguém que vai correndo pro fim
Esse morre... envelhece... acaba e chora... ama e quer... desespera... esse vai... mas esse volta.

Marcelo Jeneci

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Não merece um nome


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Há uma voz de mulher suja que não sai da minha cabeça
Já tentei dar socos e pontapés
Bloqueei todas as entradas do meu coração raivoso,
Mas caí novamente no velho choro silencioso.

Palavras ecoam quebrando todas as vidraças da mente
E os estilhaços deixam-me querendo explodir.
Procurei morrer um pouquinho na caverna solitária e contente,
Porém no fim, enxerguei-me mergulhado em uma raiva que não sei como expelir.

Sob o manto da escuridão há uma canção sem notas musicais
Que toca repetidamente e não quero mais ouvi-la.
Eles agem como romanos fazedores de cruzes
Humilham com palavras pesadas e se compensam pela falta de luzes.

De todas as besteiras que um dia foram ditas.
Varreu-se em meu âmago a mais sincera sensação de desconforto
Que espremeu todo meu estômago em dores propriamente nunca sentidas.

Não me estenderei
E sei que a raiva irá fugir para outro lugar.
Não lhe crucificarei,
Pois no fundo tenho dó da falta de amor que sua vida nunca soube lhe dar.

E talvez algum dia,
Você poderá alguma hora se arrepender,
Mas os traumas causados por suas atitudes
Serão sentidos e sofridos futuramente, apenas por você.

Enquanto isso, o único que ouvirei sou eu...
E você?
Fingirei que morreu.

Igor Gonçalves

domingo, 28 de agosto de 2011

A história não acaba por aí

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Toda vez a mesma história
Do rapaz que se apaixonou
O destino é considerado sua maior vitória
E a presença dela é o mundo perfeito que se confirmou.

Sempre de cabeça baixa, sem sorrir e um homem sem valor
O rapaz viu o sol nascer e depois se por
E viveu no submundo que considerava o seu máximo lugar,
Antes de saber que existia a menina mais linda para lhe amar.

Tanta injustiça sua vida lhe proporcionou
Tantos choros ele calou
E um dia a vida lhe mostrou que ele pode mais,
Desde que seu amor esteja lá, não ficando ausente jamais.

Essas noites e dias disseram
Que se ele amar é capaz de qualquer coisa.
Ele a viu por aí e ela o enlouqueceu
E ele então, deu a ela o coração que sempre escondeu.

Seu mundo ele resolveu dar
Seu coração bateu apenas para encontra-la
E como em equações matemáticas ele encontrou a razão,
A vida dele era a dela, para sempre.

Igor Gonçalves

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Romance do final com você

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Quanta confusão
Afirmaram que o amor nunca existiu
Mentira! Coisa de gente sem coração
Que por ventura da vida se abstraiu.

Ai! Quanta tentação!
A distância entre nós é sentida por toda minha extensão
Meu destino por um triz
Foi recalculado por você, final feliz.

Não há como não sorrir
Pois os solos de guitarra derretem as batidas do meu coração
E recomponho-me no conforto dos seus abraços, do seu amor...
Transformando-me por aí num homem apaixonado de valor.

Todo dia é a mesma história
Foi assim que o mundo quis
E não canso de repetir, que meu ponto final é você...
O capítulo mais feliz das mudadas páginas do meu livro.

Tanta pequenez nos gigantescos detalhes que você mudou
Foram traçados com a tinta permanente do sentimento mais profundo
Que correu como água de cachoeira e meu coração tocou,
Isentando-me eternamente do sofrimento causado pelo mundo.

O seu gosto causa-me sensações únicas
E eu estou aqui, buscando palavras para lhe dizer...
Que é tão errado eu não saber definir,
Como eu pude ser tão sortudo em encontrar você.

Igor Gonçalves 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Estâncias para o amor

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Não há como pensar no amor, sem pensar em você.
Eu tentei entender isso em alguns devaneios que tive
Procurei nas palavras, nos números e na minha própria cabeça,
Um modo de explicar essa engrenagem maluca do amor;
Em que você é a fundamental peça.

Alegria tão intensa que o mundo não tira
Sentimento intenso, sem validade e que não expira.
Em seu rosto jovem às vezes noto o rubor,
Que abre meu coração como uma simples flor.

Não há nada que me faça mudar, muito menos outrem
Na meia noite fecho os olhos e repouso
Caio nos sonhos e na velocidade um longo trem
Formigo de amor um longo caminho anoso.

Ai! Sorrir é voltar a viver novamente
Afasta do meu céu a tempestade escura que sempre me consternou
Abre caminho lindo, causado por você, somente...
Longe de me ferir, do modo que a muito minha vida vivenciou.

De você não quero sair, não posso fugir.
Quero prender-me em seus braços
Ficar colidido em seus beijos
Dormir e me envolver em seus devaneios...

Sempre achei que dentro do meu coração
Encontrava o inferno,
Os homens não sabem o que uma mulher faz com um sorriso
Aquece o frio, enobrece a alma e tem tudo o que eu preciso.

Igor Gonçalves

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cada detalhe mudado por você

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Eu mal acredito que em meu mundo existe alguém
Onde essa terra desabitada parecia ser irreversível
A luz do Sol formou em mim o que só você tem:
O sentimento nobre e belo que em a mim tornou-se irresistível.

Quando eu chego a casa, sinto-me leve.
Por todos esses anos os dias e as noites foram terríveis
No entanto, a sua presença e a maciez de sua pele,
Libertaram-me das noites solitárias e sofríveis.

Você verteu a língua que eu nunca entendia
A expressividade tornou-se ampla e sadia
E eu até atrevo-me a pressupor
Que sou capaz de falar sobre como é sentir o amor.

Houve sempre um clamor em minha voz
E não foram as silenciosas vozes que gritavam,
Muito menos o frio que eu sentia nesse inferno que me fez perceber,
Que para ser feliz, tudo o que eu precisava encontrar era você.

E se não for muita astucia minha
Eu queria lhe dizer sem receio
Que quero ser para sempre,
Seu primeiro último apaixonado beijo.

Suas ações me fazem escrever palavras
E nossas escolhas que fazem o que somos hoje,
E se escolhi te amar
Eu sou o homem mais feliz do mundo!

Igor Gonçalves

Da Rua até a Lua

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Eu vou voar até lua
E checarei por todo o espaço.
Eu procurarei por toda rua
Onde é que encontro seu abraço.

O beijo que você trás é único
A alegria que você passa é contagiante.
Os seus cabelos escuros como a noite
Fazem-me sonhar como nunca sonhei antes.

Eu poderia esperar
Durante um ano e um dia.
Sei que conseguiria agüentar
Não há nada que me mudaria.

De volta aos céus estou
Vivenciando esta linda paixão
Que assim meu coração ficou
Graças à rainha de meu coração.

Igor Gonçalves

terça-feira, 12 de julho de 2011

O último Romance

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Ouvir sua voz é minha música preferida
Sentir seu beijo é a melhor sensação da vida
Vamos envelhecer juntos e certamente,
Continuaremos jovens para sempre.

Nossas vozes percorrem as linhas telefônicas
A saudade é maior a cada minuto longe do seu amor
Estou apaixonado por você Mônica
E quero carregar esse sentimento em qualquer lugar que eu for.

As imagens que vem na memória
São claramente floreadas pela alegria dos seus beijos
Que são como aviões que colidem contra o meu corpo
E transformam-te na comandante do homem mais feliz do aeroporto.

E lá vamos nós outra vez
Dizer que nos amamos e que somos os mais apaixonados do mundo
Que por sinal, você foi a melhor coisa que alguém já fez...
Não sei o que seria de mim sem seu amor nem por um segundo.

Na livraria da minha memória os dramas foram queimados
Os terrores acabaram sendo guardados em outro lugar
O que eu quero é ler para sempre o que acontece nesse instante
Que é o livro mais perfeito que posso um dia escrever, meu último romance.

Igor Gonçalves

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Meu novo Sol

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Entre as páginas de uma história mal escrita
Há um devaneio sem fim
Reluzente da imagem que sua presença me foi restrita,
Surge devargazinho o sentimento que colidiu contra mim.

Nos extremos do céu de diamantes
Encontrei o que nunca senti
Ela, menina linda amando-me como se nunca tivesse amado antes
Eu, menino desiludido com a vida que nunca vivi.

Em São Paulo, céu que não é azul
Em meu coração, céu antes nublado.
Com você, sentimento deslocado do meu Norte a Sul
Roubando-me sorrisos e fazendo-me um eterno apaixonado.

Nunca soube lidar com a vida que me quis fazer sofrer,
Tampouco com as escolhas difíceis que tive que fazer.
No entanto tudo isso foi pré requisito para me fazer aprender
Que nem tudo na vida é do jeito que um dia nós pensamos ser.

Não esperava que o sorriso fechado da vida fosse me alegrar,
Visto que por muito tempo tudo o que eu almejava não acontecia de fato.
Entretanto, um dia eu vi que seus olhos cor de Sol poderiam me fazer amar
E nesse momento notei que mesmo na escuridão,
Há pontos brilhantes que podem me guiar.

Mas veja só que curado das derrotas e com uma tremenda cicatriz,
Eu me apaixonei, nasci para te amar
E você para me fazer feliz.

Igor Gonçalves

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ah, eu sinto muito blues...

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Escrevendo em um estilo desmascarado por poetas
Procurando onde não posso encontrar
Palavras que sozinho não vou mais conseguir
Carnavais sem fim que me fizeram deixar e seguir.

Escrevendo certo num papel errado,
Não soube se poderia me salvar
E eu não consegui.

Você salvou.

Usei tudo que quis,
Eletrizei, me tornei feliz...
Eu sei, eu esqueci e transformei minha natureza... Em vida.

Comi versos, engoli parágrafos.
Palavras dentro de mim deixaram-me vazio
O ponto final não existiu, interrogações surgiram à mil...
Pensei e errei. Escondi e falhei. Encontrei nada e chorei.

Mostrando o que eu me tornei
Irreconhecível ficou, beleza jamais existiu
O corte profundo estava exposto, coisa forte que me feriu.

Quem sabe me tornei adulto
Quem sabe me tornei um velho
Entrei no mundo, mal soube como sair... Nem sei mais de nada.

E nesse não-saber
Avistei você, encontrei a vida.
Renasci.

Igor Gonçalves

segunda-feira, 20 de junho de 2011

20 de junho

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Percebi que sou nada. Incapaz. Mente fechada. Pensamento em outro lugar. Erros. Lógica. Medo. Desconhecimento.

Eu percebi que não sei nada e isso me assustou...

domingo, 19 de junho de 2011

Limiar de 18 de março

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Ergui-me perante um céu de diamantes
Pousando de leve, uma libélula chamou-me atenção.
Esperei, olhei bem. Ela se foi.
Ficou uma mulher, batidas aceleradas ao coração.

À noite tudo ficou claro, era um novo dia.
Não me senti como um tolo que fica preso ao céu escuro,
Porém ao olhar para você, pude enxergar o que eu jamais consegui entender.

Eu chamo você e seu magnetismo gruda-me ao seu corpo
Seus lábios colidem aos meus
Como galáxias que se chocam e criam uma luz imensa,
E nesse processo eu conheço o amor, produzo-o.

Hoje da bagunça que era minha vida
Você organizou meu mundo, governou meu sistema,
Inundou o rio que até então estava seco,
Diminuiu o grito que jamais consegui espremê-lo.

Nas páginas do livro em que busquei tal sentimento
Devorando as folhas, que eram mais de mil.
Não encontrei nem em um parágrafo, vírgula, momento
Maneira para tamanha felicidade que só a partir desse dia eu pude enfim sentir...

Quando caímos,
Tentamos andar com os pés juntos pelo medo de tropeçar.
Eu que tanto cuidado tomei, não cai... Mas você colidiu comigo.
E apaixonei-me.

Igor Gonçalves

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O Romance estava em apuros

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Nem mesmo a dor é equivalente
O tempo fez questão de varrer toda aquela solidão
Fez-me deixar de ser errante, de buscar repostas em minha mente
Trazendo-me o romance e uma história de paixão.

E a presença dela é que me causa alegria
Seus passos são como compassos musicais
E eu escrevo em meus diários fechados
Que ela é a única coisa que eu jamais perderia.

Seus lábios colidem aos meus como serenatas apaixonadas
E ela é o verão que como uma onda varreu minha tristeza
A chuva que clareou meu céu
O arco-íris de uma estupenda certeza.

Eu amo ela!

O romance às vezes encontra-se em apuros
E foi-me incumbido de desvendar seu paradeiro
Por muitas vezes no vazio e no escuro permiti-me sussurros
De lamentações por jamais ter desvendado o enigma inteiro.

Eu realmente, simplesmente a quero!
Como os seres necessitam de ar
Como os peixes precisam do mar!

Dentro do coração dela descobri o paradeiro do Romance,
Ele estava à minha espera
E eu encontrei...
Foi aí que te amei!

Igor Gonçalves


terça-feira, 24 de maio de 2011

Grandes Expectativas

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Sou um retrato mal feito da dor
Um farol queimado, talvez sem cor.
Sinto você pulsar, seu coração amar.
Há muito tempo eu aprendi que dor serve para nos testar.

Um rio caudaloso enegrece minha alma
O ar gentil desvenda a honestidade do seu amor
Tão linda corre pelas beiradas do rio e aparece
Seu corpo quente, seu beijo apaixonado me emudece.

A calmaria de um Sol resplandecente
Combina como uma simples mágica a noite enluarada
Tracejando o rio, vento e estrelas cadentes...
No ímpeto de uma alma apaixonada.

Talvez eu não saiba, mas você acertou.
Um golpe perfeito em meu coração que destoou
O tom da música triste que ouvi a vida inteira
Pausada por você.

O barulho de uma metrópole à calmaria dos seus abraços
Afortuna minha alma
Enriquece o que bate em meu peito
Desfaz o nó na garganta que travavam nos dentes a palavra: amor

Como um pássaro negro na calada da noite
Tive a história dos meus dias narradas em antítese 
Meu coração opunha-se ao que havia no peito
Minha solidão era um copo vazio e cheio.

Do seu andar surge a canção da alma
O som é tudo aquilo que me resguarda
A banda que toca é aquela em fuga
Simples, bonita e agradável a quem escuta.

 Igor Gonçalves

sábado, 30 de abril de 2011

Outra Dimensão

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Se me foi impedido a força, por que hei de lutar?
Sussurrando à penumbra estilhaço-me no fundo da alma
Correndo assustado e espreitando os dilemas da vida
Sucumbo no refugio inexistente da calma.

Fujo na culpa ardente de não ter feito nada
Enquanto espero o pensamento brotar
Constante dúvida que por mim insiste pairar
Laqueando a vitima de um crime perfeito de morte matada.

Tanta coisa, tão depressa
As vasilhas e as tigelas
Espalhavam-se com meu sangue pelo chão.

E é tão grande a linha da calma que se desfaz
Deixando-me nublado até demais
Por que quando perde a hora
Tanta coisa me enevoa?

O mundo malmequer
E quanto mais eu penso, menos compreendo.
Inexisto no dissabor de uma passagem qualquer
Em mim mando e desmando a essência humana de puro tormento.


Ó espelho embaciado que me refletes
Como podes retratar-me de forma tão perfeita?
Lá posso enxergar em meus olhos, o queimar da ideia mágica...

Minhas palavras são filigranas
Na falta de claridade abro as venezianas
Contudo, ninguém conseguiu perceber
Que a questão é interna, não consigo resolver.

Igor Gonçalves

domingo, 10 de abril de 2011

Tesouros de um amor que sempre esperei chegar

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Fechei o guarda chuva
Pois a tempestade parou de cair
Assim consegui plantar no jardim um rosa
E te mostrei os espinhos que um dia conseguiram me ferir.

E eu confesso que só me resta
Viajar pelo universo criado por você, em mi maior.
E lá já passado o passado
Sentimento que cresce, não tem como ser menor.

Faltou ar,
Atordoado de amor eu fiquei.
Nem sei o que na hora pensei
Já sei
É a menina que eu sempre quis e amarei.

Ai meu amor, minha alma...
Você pode cuidar do meu coração
E vê-lo através da minha falsa calma...
Diz que sim, não aceito ‘não’.

Se o mundo pudesse ver tudo que você me deu
Eu mandava colocar num quadro, numa prateleira... Um troféu.
Melhor forma não há para guardar um amor
A não ser deixando-o em meu coração.

E esse mesmo que chegou
Fazendo terremoto, agitando tudo como um tufão no Japão.
Foi assim, eu me apaixonei...
Nem esperei
Apenas deixei você se aproximar.

Me dá pena do que eu passei
Chorei bebendo chá em tardes solitárias
E o saldo final de tudo isso foi negativo
Sendo fato decisivo em minhas histórias...

Aquelas mesmas que você desvendou
Traduzindo o verde dos meus olhos
Em mil páginas de um livro que você pegou
Resolveu e mudou a história com um final feliz.

Então fica... Que eu vou te fazer carinho.
Deixar você se aproximar de mansinho
Descansando em meu peito
E como eu te valorizo
Eu deixo você se acomodar, você me beijar...

Presto atenção
Espero entender
Os traços da sua face escondiam segredos
Fragmentados a nada quando te encho de beijos.

Passado o passado
Não importa o que nos aguarda
Vou manter meus olhos em você
Gosto de enxergar a vida florida de amor, com você.

Os espinhos das rosas do jardim que plantei
Foram curados pelo beijo que ganhei
Poder tão forte, que me fez ir embora
Do local onde instalei a tristeza e perdi a hora
Para viver em brancas nuvens... Então eu percebi
Que estava apaixonado
Perdido em amor absoluto
Pela mulher que conheci.

Esse seu perfume suave
Trouxe de volta um sonho perfeito
Então acordo, olho pela janela
E recito um ‘Eu sei que vou te amar’.

Ai, como amo meu amor.

Igor Gonçalves

quarta-feira, 9 de março de 2011

Pensamentos que derretem a razão

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Sob minha visão o dia se descortina
Uivando pelo silêncio mais profundo
Recordo rapidamente a desilusão do mundo
Aos seus braços fujo, encontro... Calmaria.

Num mundo onde tons violáceos se mesclam
Com a névoa branca dos atrasados
Fujo e resumo como as coisas se desinteressam
Seguidos por um longo e gostoso abraço.

Observando seu rosto todo perfilado na memória
Serena beleza encaixa-se a paz do seu sorriso
De emoções frias e desconsoladas, somente as minhas.
De emoções ricas e confortantes, somente as suas.

No breu da noite, me pego pensando em você.
A falta de paz que enche todos os ventrículos
É retirada quando estou ao seu lado, abraçado.
Bem juntinho, esqueço-me do mundo e foco-me em seu carinho.

A névoa ressurge nos períodos solitários
Revela-me um buraco no lugar do Céu de estrelas
Sozinho sou a escuridão de todas as letras do abecedário
Perto de você sou a claridade esquecida das mazelas.

Em minha mente soturna e lacrimosa
Despejo todas as palavras caladas
Mas hoje não quero isso, quero lhe admirar.
A imagem em minha mente, que não quer sair.
Que não quer me deixar!

Então, não vou me prolongar.
Nem mesmo sei por quais palavras caminhar
Mas com você consumindo minha visão
Só sei que em todas as manhãs, já tenho uma razão... Para sorrir.

Você me faz feliz
De um jeito que sempre quis
Faço de conta que não tenho mais cicatriz...

Emudeço só de pensar.
Como você consegue me fazer ir tão além?
Preenchendo todos os espaços que minha mente em branco possui
Num traçado lindo e direto que só você tem.

Igor Gonçalves

sexta-feira, 4 de março de 2011

Arte memorizada

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Memorizei o momento e cravei na biblioteca da memória a sensação inigualável que é ser envolto aos seus braços. A segurança, a paz e até mesmo o conforto fazem-me vir aqui passear entre as palavras, a fim de expressar o quão bem você consegue me fazer.

A luz que teima em encontrar todas as minhas manhãs é assemelhada ao seu poder de ouvir e dizer com simples palavras coisas óbvias, que às vezes tenho tamanha dificuldade em enxergar. Já lhe disse, o silêncio entre nós só é importante quando é revestido por um longo abraço.

No entanto, é extremamente dificultoso pensar que você com esse jeito alegre e sutilmente irônico poderia transformar minhas gélidas manhãs em quentes e reconfortantes momentos. 

Você devia estar aqui para assistir minhas memórias, o quão interessante é pensar em você, pois meu cérebro numa descarga elétrica transforma sua imagem em felicidade e paz. É automático e intuitivo, me inspira e faz querer mais e mais.
Abraços, que incrivelmente são meus e encantadoramente espontâneos.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Vivendo na pele

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Minha memória está se perdendo, já não sabe mais desenhar imagens que são de importância mútua. A biblioteca da minha memória está faltando livros de todos os títulos possíveis e não há romances.
Está tudo fechado e as obras parecem ser eternas mentiras. Nos arquivos dessa biblioteca eu tenho acesso restrito, não posso vasculhar as memórias boas, pois nem mesmo lembro-me delas... Se é que um dia existiram.

Faz tanto tempo que não me sinto satisfeito, angustiado por dentro e apenas normal por fora.
Ou até então minhas memórias estejam escrito num idioma arcaico, onde ninguém entende nada e tudo o que eu sinto ou falo não significa nada a ninguém. É duro estar no ringue e não ter com quem compartilhar as derrotas, os murros e as pequenas vitórias que são conseguidas através do tempo.

Pessoas a minha volta não significam nada, pois estou me sentindo sozinho. Nenhum golpe que desfiro para mudar a situação surte efeito e estou caído no ringue. A contagem está começando, não sei se tenho forças para levantar... Nem sei mesmo se quero levantar, a plateia foi embora ou está assistindo a outra luta. Solidão é assim mesmo, te derruba várias vezes e quem sente sabe como é impossível se levantar.

Eu estou calado e conformado, até perdi o dom da escrita. É um inferno passear entre palavras e não encontrar alguma que manifeste tudo o que sinto. Essa gaiola enferrujada onde me encontro é o cenário perfeito para me desmotivar. Não tenho mais vontade de nada, o amor está distante até demais e eu não consigo agarrá-lo.  Assim como os projetos de vida que acabam sempre ganhando reticências.  Inviável e impossível.
Estou preocupado, a exigência está ficando maior e bem, devo afirmar... Sou mais exigente que a banca julgadora.

Amanhã o dia será igual, e não me venham falar de forças... Pois eu juro que não tenho.

Igor Gonçalves, o tolo engaiolado.

terça-feira, 1 de março de 2011

Vou lembrar e ficarei OK

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Vou começar a escrever torto
Pois a perfeição perdeu-se no bel da meia noite
E a busca incessante que tenho para se autodesligar
É o controle dos destinatários em que insisto empregar.

Consertando coisas
Consertando a mim mesmo, todo remendado
Uma carcaça velha, toda mal cuidada
Uma agulha presa à linha traçada.

Foi homologado por livre e espontânea vontade
E rabiscado no braço estava todas as palavras
Embora não credite palavras, e sim pessoas.
Traio a mim mesmo emudecendo minhas escolhas.

Distorcido, é assim que estou.
Não posso ser enxergado
Sou o papel rasgado do texto que restou.

Ninguém quis me ler
Meu parágrafo estava mal pontuado
A capa estava solta e manchada
Sinais do sangue frio e calculado.

Quero explanar todas as minhas ideias
Separar positivos e negativos
O lucro indireto e os presumidos
Deixo parado bem longe do pessimismo.

Já está escuro, não consigo dormir.
As ideias borbulham em minha mente
Sem que eu consiga me repetir
E acordo pro mundo e garanto que nunca vou fugir.

Eu não sou o escritor,
O único que possui esse dom é o tempo
Escreve pra mim sempre e me deixa pontuar frases
Interrogações me intrigam
Exclamações me divertem
Negações me entristecem
Pontos finais me envaidecem.

A folha está queimada pelos raios
O livro ainda está molhado pela água da chuva
A tinta da caneta desbotou palavras e criou ações
Misturou letras e feliz, ouvi canções.

Pego um espelho e reflito todos os raios
Quero senti-los
Mas não posso sobreviver a todos... Alguns são fortes demais.

Raios!  O que é que estou dizendo?

Igor Gonçalves

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Um rascunho de desenho inacabado encima de uma folha borrada

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Tenho medo de algumas coisas e não sei responder qual foi a razão para adquiri-los. Tenho medo de cachorros, pois quando criança um bem grande me mordeu ferozmente na barriga e aí minha mente criou uma barreira que toda vez que eu visse um cão, eu lembrava do pânico causado pela mordida... Mas o que quero dizer não é sobre isso, pois hoje esse medo é basicamente nulo.
Coisas que eu não temia, hoje me fazem fugir. Outras coisas eram tão fáceis de entender, que hoje minha mente já não é mais como um papel que absorve toda a água e se funde formando uma ideia moldada para o entendimento.

Tudo começa a não ter significado algum. Desenhos rabiscados em minhas paredes começam a se tornar abstratos, e esses desenhos que eu chamo de sonhos vão ficando distantes a cada vez que eu imagino meus medos... E aí? Eu sento, paro e vejo que não é para ser assim. Nem se quebrar todas as partes de mim, entristeço e reajo diversas vezes ao dia. Sou um amontoado de pensamentos exclusivos que dissipam na janela e descem como um elevador para o lixo. Mudo de ideias, reciclo ideias... 


Sofro medos, sofro realidade. No entanto, o que me faz ter forças é imaginar que bem do outro lado da cidade a central de energia está realmente funcionando e com uma bela imagem ao meu pensar, posso muito bem como um carro desgovernado atropelar o que insiste em atrapalhar.

Hoje me encontro no estágio ou fase, número 1. No alto dos meus 18 anos enxergo-me como uma caricatura, do desenho que futuramente posso ser. Os rabiscos que citei anteriormente, vão lentamente tomando formas e as cores vão surgindo nos momentos de felicidade. Hoje meus desenhos encontram-se em branco e preto, isso não significa ser algo negativo e muito menos assustador.


 É apenas uma amostra de que estou começando a fazer meus primeiros rabiscos e ainda preciso de muitas ideias para terminar essa longa e inexata arte que a vida é.
Buscando perspectivas para elaborar um traçado fiel a realidade, vou estudando de perto sob as esquinas e desejos da poesia fraquejada pelos medos ocultos que minha mente produz. Não vou desistir, e vou continuar caminhando por essas ruas. As chuvas que me atingem ontem me traziam medos e eu buscava um lugar para me proteger... Mas a partir de hoje, vou me deixar ser atingido pelos raios.

Igor Gonçalves.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A Contabilidade humana não bate

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Se tudo o que falo não me leva a nada
Como posso descrever esse poema?
Se dos meus próprios pensamentos não entendo
Até que nos números encontro a razão
E a partir de equações e raízes
Posso contabilizar as batidas do coração.

Outrora, penso com muita lógica.
Escapo de problemas com maneiras simples e exatas
Evito decifrar poemas e rascunhos alheios
Embora insista em contar os degraus de todas as escadas.

Tentando transformar a solução de um livro caixa
Em uma simples resposta de um livro razão
Encontro no passivo toda a negatividade
Que escorre pelas minhas mãos.

Talvez o futuro seja hoje
E demore até que eu aprenda
Que logo quando bati a porta do futuro
Ele gentilmente fez sinal de entra.

No entanto, sua face impossível de se contemplar,
Emudeceram todas minhas vozes.
E fez meu estomago entrar em pânico por pensar
Em aquilo que não se conhecia
Que no frio do silêncio conseguia me atormentar.

Talvez eles estejam certos
E no ativo esteja todo meu direito
De contemplar um por do sol cativante
Se despedir de estrelas
E viver um momento nunca visto antes.

É assim mesmo, a contabilidade humana não bate.
Posso arriscar todas as manobras fiscais em meu coração
E de repente sobrevoar nas estrofes da prudência
Embora saiba que hoje posso ser vítima de uma incoerência
Fecho livro e coloco reticências,
Pois amanhã será outro dia...

 Igor Gonçalves

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Querer é fazer



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(Um discurso destinado a mim)


Parei.

Olho para frente e encontro uma parede maior do que tudo que eu já tenha visto.
Olho para trás e enxergo tudo o que vivi até hoje. Desde brincadeiras na infância, doenças, medos, amores e diversas imagens de alguém que ainda não conheceu realmente a vida.

Essa parede que a minha frente está, chama-se Obstáculo e ela é quem irá tentar impedir-me de conquistar todos os sonhos que planejo. Sonhar é o que de mais importante alguém, deve cultivar e quem não sonha é digno de pena, pois irá continuar como se estivesse morto num mundo de vidas.

Sonhar é buscar um lugar diferente
Respirar um ar puro
Conquistar e sentir-se contente.

O palco da luta está feito e você deve entrar nele, lutar ferozmente e buscar todas as forças dentro de ti. Buscar coragem quando você achar que não tem, produzir forças que você nunca imaginou ter e todas essas habilidades são aprendidas devido a essa palco.

Sonhar é tudo, porém é necessário coragem.

Ninguém irá lhe ajudar e seus sonhos dependem de apenas de você mesmo. Eu sei que depender das próprias forças e punhos é algo extremamente assustador, mas cada gota de sangue e lágrima que você derrubar, no fim valerá ouro e mostrará o quão longe que você foi capaz de chegar.
Eu sei do meu futuro e sei do que seu capaz. 

É hora de acreditar que eu posso, que eu quero e que vou fazer. Cabe a mim, construiu tudo isso sozinho, mesmo que meu peito seja perfurado várias vezes e eu sangre eternamente todas as dores que adquiri nessa longa e sinuosa estrada que é a vida. No entanto, vou acreditar e sei que no fim de tudo terei construído uma bela história.

Sem preocupar-me se as letras estarão tortas e os parágrafos mal pontuados... Não, nessa história haverá muitos borrões no papel, talvez em função de lágrimas que insistirão em cair e manchar minhas palavras.

No entanto, é a partir desses defeitos escritos num livro que nem mesmo possui capa que poderei ao fim da história conceituar se tudo que sinto hoje valeu a pena. Não vou desistir, não vou deixar essa sensação ruim que corrói todo meu estomago domar e quebrar  minhas atitudes. Não vou, por favor! Não ouse desafiar minha vontade de viver.

Pedaços de um parágrafo reescrito estão soltos em minha mesa, molhados por todas as lágrimas que eu deixei derrubar. Por favor, pare com essa história... Encerre o capítulo com um final feliz.




Igor Gonçalves.