sábado, 30 de abril de 2011

Outra Dimensão

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Se me foi impedido a força, por que hei de lutar?
Sussurrando à penumbra estilhaço-me no fundo da alma
Correndo assustado e espreitando os dilemas da vida
Sucumbo no refugio inexistente da calma.

Fujo na culpa ardente de não ter feito nada
Enquanto espero o pensamento brotar
Constante dúvida que por mim insiste pairar
Laqueando a vitima de um crime perfeito de morte matada.

Tanta coisa, tão depressa
As vasilhas e as tigelas
Espalhavam-se com meu sangue pelo chão.

E é tão grande a linha da calma que se desfaz
Deixando-me nublado até demais
Por que quando perde a hora
Tanta coisa me enevoa?

O mundo malmequer
E quanto mais eu penso, menos compreendo.
Inexisto no dissabor de uma passagem qualquer
Em mim mando e desmando a essência humana de puro tormento.


Ó espelho embaciado que me refletes
Como podes retratar-me de forma tão perfeita?
Lá posso enxergar em meus olhos, o queimar da ideia mágica...

Minhas palavras são filigranas
Na falta de claridade abro as venezianas
Contudo, ninguém conseguiu perceber
Que a questão é interna, não consigo resolver.

Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos