domingo, 15 de julho de 2012

Romance cálido no espaço


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Vivo agitado
Quero saber de você, de tudo.
Só que eu me engano ao achar
Que apenas sei de mim, quando não sei de nada.

De mim não vale falar
Outrora, corri depressa e me afoguei.
Sangrei meu coração para não rever o ar
E muita sede faz a boca falar o que não se deve.

Nuvem azul que participa de suaves coisas
Amadurece um sentimento de saber de você
Não vejo com clareza,
Que tal você vir com calma?

Emudeço o som das estrelas só para pensar
Do alto vejo um mundo infinito
E aqui no céu não há ninguém para atrapalhar
Sossego esboçado nas cucas de quem não quer mais pensar.

E meu romance é uma gardênia branca
Inventa um jeito de vencer mesmo derrotado
Que de perdido encontra uma primavera nesse inferno
Sobrevive a tantos desencontros surgidos nesse inverno.

Ai! Será que não tem como eu perceber?
Deixo meus sentimentos por você nessa redoma
Quero guarda-los bem, com demasiada cautela...
Só assim meu herói permanece intacto para você.

Eu juro que quando eu crescer
Eu serei um ser
Que honra, orgulha e mostra...
Que em amor você pode crer.

Essa gardênia não morrerá esmigalhada
Ressurge como herança hereditária
Estúpido, sensato, louco e cálido...
O sentimento amor é um vazio sem você no espaço.

Igor Gonçalves

terça-feira, 10 de julho de 2012

Reproduzindo a fita da imaginação

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Moça, onde eu posso te encontrar?
Eu estou sozinho
Preciso de abrigo, seu coração quem sabe pode me confortar.

Moça, onde está o seu amor?
Eu despejei o meu em poesias
Mas nunca peguei o jeito certo de lhe dizer.

Moça, a batalha não está perdida!
Eu estou perto à milhas de você,
Então me diga que meio de transporte chega mais rápido.

Moça, não fica assim...
Histórias de amor tem começo, meio e fim...
No entanto, os melhores livros sempre encontram a parte 2.

Moça, não misture pimenta com tabaco.
Livros adolescentes nunca contam a história de um verdadeiro amor,
Viva comigo, posso ser um pouco mais sentimental.

Subjetivo quem sabe, ó meu Deus!
Não! Esses dias andam um pouco malucos demais,
Onde você foi que não veio me buscar?

O café da padaria ficou frio
O misto quente se perdeu na mão do gorducho
Meus olhos repararam o cotidiano comum dos sem-romance.

E a porta secreta se fechou mesmo?
Ai não, eu amo ver você tomando sorvete...
Ainda mais quando ele é mais gelado que meu coração.

Os tolos foram colocados na parede
Metralhados por palavras mal-ditas
Nunca quis ouvir de você...

Eu aposto que a moça um dia vai voltar
E me encher de beijos.
Aposto um disco raro dos Beatles ou minha vida...

Se você quiser.

Igor Gonçalves

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Paliando meus erros

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De tão doce amarguei
Esqueci-me de regar as flores que plantei
Não sei onde está o Sol e a doçura das belezas naturais,
Eu morri.

Será que é tão difícil se deixar bombardear?
O escudo dos meus medos age sem eu perceber
E na tentativa de me proteger,
Deixa meu romance na linha de fogo. Dói.

E eu sei que vai doer em você também.

Sua boca me beijava
Seu coração me agradava
O amor era ela
Sua presença me saciava.

Eu não consigo lidar comigo
O monstro me fere, deixa-me a esperar.
Congela todas as minhas ações
Reverte tudo me levando ao cemitério das boas intenções.

O mundo não é perfeito
E parece que eu abusei dessa premissa.
Eu tentei. Eu falhei.
Ai, quanta dor eu te causei.

Aprendi em várias línguas como dirigir minha vida
No entanto, o roteiro era sempre oposto ao momento.
Eu sempre quis te escrever a frase perfeita,
E por fim... Deixei imperfeito aquilo ‘invisível aos olhos’.

Sou um projeto inacabado a construir
Talvez uma ideia que não despontou
Um Sol forte de domingo
Que jamais o céu clareou.

Na escuridão não consigo me ajudar
Tudo o que eu perdi foi tentando melhorar
Quem sou eu? 
Sem sua presença para me guiar?

Igor Gonçalves