segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Paul Mccartney

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'Sempre que me perguntavam como eu gostaria de ser lembrado, respondia: Com um sorriso.'


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Os sentimentos escondidos e os inevitáveis

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Entristeci-me. Por muito tempo acreditei que poderia ser ‘aquele’, mas o que eu consegui? Um punhado de derrotas para colocar em minha estante. Troféus espalhados por todos os cantos, a fim de exaltar minha falha ao demonstrar um sentimento que só serve para mim.

Eu estou num cenário vestindo roupas rasgadas, bolsos furados a cara sisuda e o ar de derrota exposto para quem quiser contemplar. Sete dias da semana são anos para se enfrentar, pois ninguém consegue absorver felicidade apenas procurando saber sobre as coisas. Não, não é isso que eu quero. O que eu quero está tão distante de mim, até parece que eu sou proibido de me aproximar. Ai, por que isso tudo? Quanto mais eu faço, quanto mais eu leio, quanto mais eu provoco, mais eu me sinto atropelado por uma corrente de forças que impede-me de ter o que de fato seria tão benéfico á minha vida.

É isso mesmo? Quando é que vou testemunhar por de trás desses olhos esses sentimentos que vivem e exigem ser escondidos?

Quanto mais eu me aprofundo, mais eu acabo caindo em estranhos abismos que não podem me ferir, mas deixam-me perdidos em uma horrorosa escuridão que, bom, não sei bem como explicar.

A sensação que tenho é mais forte do que tudo e está presente em cada milímetro de sua existência. É algo que me faz querer ignorar tudo apenas para contemplar o que me faz um pouco mais feliz. Estou correndo na chuva batendo em todas as suas portas, todas que encontro estão fechadas e vivo na busca interminável de querer abri-las  para poder enfim descansar de toda essa loucura que me consome, que me percorre todas as veias e se mistura ao meu sangue bombeando meu coração de pedra, que prometeu nunca mais sentir e que abriu uma exceção a você.

Não tenho palavras para resumir, é cada palavra sua que me aponta para um caminho. Eu fico parado, em transe talvez. Não te olhando, não te ouvindo, não sorrindo e eu quase sempre fico sem saber o que fazer.

Perdi todos os meus modos em minhas frases de efeito, não existe receita milagrosa ou livro que me ajude encontrar esses sentimentos. Estão trancados numa cela de segurança máxima e  sempre que eu tento entrar, eu chego a conclusão de que esse monte de coisas que eu faço por você, não significam absolutamente nada.

E é por essa silenciosa conversa que temos, mesmos tão distantes um do outro que eu procuro envolver-me em seu silêncio para ao menos achar um brecha nessas frestas e relapsos de sentimentos que você demonstra.


 É com essas palavras que insisto em despejar, que todas as minhas ações tornam-se perdidas em meras tentativas de me aproximar. Quando é que vou testemunhar em seus olhos, muito mais do que sentimentos que insistem em ficar escondidos?

É fechando os olhos, que caio na escuridão achando que poderia mesmo te encontrar, mas não encontro nada.

No entanto, todas essas sensações que enfrento não me arrependem em nada.

Existem tantas histórias no mundo. A que você está ouvindo, a que você leu em algum lugar e a que eu estou contando. Escolha uma e seja protagonista nessa história. Não há vida que suporte viver em folhas brancas de papeis rasgados. Venha fazer parte da história, seja feliz com seu parágrafo enquanto eu ficaria extremamente contente em te ver como ponto final da minha.

Embora eu insista em não acreditar, é apenas com essa sensação que eu consigo lidar, sem tentar ignorar.
Finjo ter previsto tudo que hoje me acontece quando, na verdade, mal sei onde meus pés me levarão no próximo passo. No entanto, não me arrependo um único dia por viver nessa constante corrida em que fico batendo em suas portas. 


Só me resta saber se o que eu quero é parar o tempo, ou acelerá-lo em extrema velocidade. Tenho certa pressa em viver o amanhã. Mais do que nunca.


Igor Gonçalves

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Duas pessoas

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Flores crescendo loucamente nas falésias
Estão situadas em momentos agridoces
Em um local íngreme e cheio de amnésia.
Abstenho-me na falta de calores.

Dispensei a poesia
Enxerguei-a correndo por um rio lento e sereno
Arrependi-me, corri em demasia.
Cansei-me, nada mais importava mesmo.

Perguntei-me o que faria por todo esse tempo
Em que dedicar-me-ia á uma ciência social
Onde afundar-me-ia numa vastidão de alentos
Sem ao menos preocupar-me com o que de fato é essencial.

Tendo uma conversa franca com o espelho
Vacilei ao acreditar que sozinho poderia correr
Entretanto vasculhei um mundo vermelho
Aonde duas pessoas logo vieram me socorrer.

Não, sozinho não estou.
Tenha ela, a menina mais especial.
Tenho ele, o pai que me dá forças
Tenho os dois, que sem eles não seria metade das minhas escolhas.

É surreal
Ás vezes angustiante
Mas, sempre magnífico...
Viver todos os meus dias.

As palavras insistem em fugir da minha boca,
Mas hoje não, apenas quero agradecer.
Á essas duas pessoas
Que estão sempre ao meu lado, para tudo, para qualquer coisa...
Contra qualquer pedra, que possa haver em meu caminho.

Igor Gonçalves

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Hell, Hell, Hell

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Escrevendo alguns parágrafos rasurados numa folha de papel rasgada



( Eu acredito no mundo de fora do meu quarto, mesmo nesse amontoado de palavras )

Jamais notei que as imagens acumuladas entre as pálpebras pudessem atrapalhar tanto as atitudes que meus pensamentos cansados insistiam em ignorar. Estava olhando para o céu e não tive capacidade de perceber o quão simples essas imagens afetavam em minha vida, e olhando desesperadamente na ânsia de encontrar uma luz que pudesse guiar todas essas novas aventuras com uma forma segura, eu perdi o equilíbrio e caí.
Não percebi a intensidade da queda, mas quando dei-me por mim, lembrei-me que carros poderiam me atropelar e ainda assim percebi que no meio da rua nada poderia me atingir. Não olhei para os lados, mas tive a confiança própria de creditar passos milimetricamente cuidadosos para evitar que nessa longa observação nada me atingisse.

O passado está petrificado e não há maneira alguma de revivê-lo. Não quero, não gosto, me enoja e não me faz bem. Os fantasmas que me assombram toda a noite querendo saber por que tamanha tranquilidade, não conseguem ao menos tocar em meus pés e de tanto tentar, acabam deixando-me sozinho nessa estrada que se desenrola como um grande tapete vermelho.
Eu sei que a arte é difícil. Eu sei que tudo é difícil, mas vivo meus dias e noites em função dessa longa estrada que construí. Eu faço meus caminhos e é normal que ele seja estreito e sinuoso, mas ninguém consegue andar em linha reta por muito tempo.

Caminho difícil de construir. Sem métrica, tempo, medida, melodia ou rimas. Parágrafos compostos de sentimentos e palavras que eu não sei falar. Aliás, eu não quero mais falar...

Quem escreve, é:
Leaozinho, Igor ou Leaozinho da Laura que sofre em explicar todos seus pensamentos.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Do zero

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Sinto-me inapto a algumas questões que credito serem de mínima importância, quando o mundo todo dá a maior parte do seu tempo à cultivá-las. Emoções são imensidões que existem num âmbito profundo de cada um de nós. Regulada a vários níveis, deixo as minhas desligadas.

Minhas emoções saltam do meu peito e o mundo as rejeita, e assim as tempestades queimam minha memória ascendendo minha mente a níveis perfeitos de ondas e águas puras de mares cultivados a rédeas curtas que cambaleiam por todos os cantos rejeitados.

De onde é que vem essa vontade repentina de conquistar o mundo e achar que ninguém pode lhe derrubar? De onde é que vem toda essa fortaleza de palavras que insistem ironicamente em seguir todos os trajetos que percorrerei? A resposta vem de todas essas emoções rejeitadas pelo mundo, que num motim revelaram-se superiores a qualquer coisa vivida e com forças o suficiente para lubrificar todos os planos em que eu acabo me desfazendo em mil pedaços e me reconstruindo a cada realização dos mesmos.

Ludibriado no passado e atento ao presente, fico cego em plena luz do dia e no calor perfumado sangro todas as menções que meu ego busca no inferno e encontra na calma o mundo perfeito, que vivo no erro de creditar sinceras mentiras a pessoas de sorriso bonito.

Minhas entranhas vibram só de imaginar que no fundo eu ainda possuo um pouco de emoção, mas melhor deixar isso para os ingênuos, que caem facilmente no conto de que a emoção irá secar a fome que sua mente tem de viver todos os desafios e sair deles de maneira digna... Como um herói que se sacrifica por um bem maior, não, isso não existe.

Acostumado a ignorar, dedico esse novo tempo apenas para minha pessoa... Senhor do meu destino e capitão da minha alma.

Igor Gonçalves