sábado, 17 de março de 2012

As cores e as explosões

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Quem dera um, beijo seu.
A curva que a respiração faz no ar
Pausou em seus lábios
Petrificou o momento, queimou na minha memória.

Marcante.

A música ecoou nas engrenagens de um rádio velho
Reproduziu toda história contada de trás para frente
E nas fagulhas de uma fogueira, as estrelas brilhavam na minha mente.
Pensava em você.

Sírius, Aldebarã, Centauro e Pavão.
Todas as constelações passeavam pelo meu coração
Explodindo maravilhosas cores vivas, colorindo o negro padrão
Em cores que se completavam com um único intuito.

Se amar.
Querendo ser o elo, a palavra entre nós.

Posso muito bem repetir o que é sentido
Mas jamais conseguirei explicar, de onde vieram essas cores.
Das constelações, dos seus olhos, do mundo?

É assim que talvez se forma um amor, uma ideia maluca de cores e explosões.
Um atestado rasgado de uma receita médica ilegal.
Pode ser até um mar violento de emoções
Que nunca se dispõe, a me salvar... Tudo bem, eu me afogo nesse romance.

Amar é muito mais
É viver apaixonado até demais.
Por isso, minhas palavras estão embaraçadas... Presas num cais qualquer!
Tudo bem, eu admito... O oceano é seu, afogue-se nesse mar de romances infinitos.

Igor Gonçalves.

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos