sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O som do silêncio

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Eu sei que a escuridão
Percorre suavemente todos meus pensamentos
E que conversa comigo sem me ouvir
Diz verdades que não quero admitir.

Recebo todas as palavras que ela pode me ensinar
Recebo todos os braços que ela insiste em estender
Mas quando o som do silêncio começa a incomodar
Eu consigo relutar o que não posso perceber.

De repente todos meus medos
Caíram como gotas pesadas de chuva
Ecoaram no poço mental que eles criaram
E todos se curvaram perante ao lado da dor que admiravam.

Quando todas as palavras se formam
Uma faísca acende uma lamparina
Iluminando a escuridão que parecia infinita
Percorrendo travessias longas e vazias.

O ar se formou enchendo meu peito
Não mais do que tudo isso.
O necessário para sobreviver,
Embora não seja o suficiente para viver.

Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos