quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ideias massacradas





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Entristeço-me. Penso nas mais variadas hipóteses e o que encontro é apenas o mistério, a complicação.
Punhados de palavras não são capazes de fazer nada e as minhas acabam sendo encobertas por uma chuva de frieza, uma chuva que vem de um lugar distante, mas que chega a mim com uma tremenda intensidade. Não posso segurar, entristeço-me outra vez.

Sentimentos massacrados são os mais difíceis de lidar, pois eles estão ali... Deitados ao chão frio, humilhados por terem falhado no que mais apreciavam em sentir. Ideias enterradas com um simples silêncio alheio me fazem sair em busca de pensamentos novos, que por muitas vezes não conseguem compreender-me e acabo a mercê de ideias dos quais não me identifico.

Eu não consigo sentir a luz do sol e talvez seja por isso que meu coração esteja tão frio. Os raios não conseguem perfurar essa barreira que foi criada e programada com equações matemáticas tão complexas, que simplesmente e metaforicamente falando... Eu perdi a chave do meu coração.

O meu céu está turvo e estou preso nessa água cinzenta, estou me afogando e não consigo sair.
E assim passo a assistir minha vida através de olhos desconhecidos, nenhuma mudança concreta... Não sei o que o real, não sei de nada.

Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos