domingo, 19 de junho de 2011

Limiar de 18 de março

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Ergui-me perante um céu de diamantes
Pousando de leve, uma libélula chamou-me atenção.
Esperei, olhei bem. Ela se foi.
Ficou uma mulher, batidas aceleradas ao coração.

À noite tudo ficou claro, era um novo dia.
Não me senti como um tolo que fica preso ao céu escuro,
Porém ao olhar para você, pude enxergar o que eu jamais consegui entender.

Eu chamo você e seu magnetismo gruda-me ao seu corpo
Seus lábios colidem aos meus
Como galáxias que se chocam e criam uma luz imensa,
E nesse processo eu conheço o amor, produzo-o.

Hoje da bagunça que era minha vida
Você organizou meu mundo, governou meu sistema,
Inundou o rio que até então estava seco,
Diminuiu o grito que jamais consegui espremê-lo.

Nas páginas do livro em que busquei tal sentimento
Devorando as folhas, que eram mais de mil.
Não encontrei nem em um parágrafo, vírgula, momento
Maneira para tamanha felicidade que só a partir desse dia eu pude enfim sentir...

Quando caímos,
Tentamos andar com os pés juntos pelo medo de tropeçar.
Eu que tanto cuidado tomei, não cai... Mas você colidiu comigo.
E apaixonei-me.

Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos