terça-feira, 13 de setembro de 2011

Não merece um nome


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Há uma voz de mulher suja que não sai da minha cabeça
Já tentei dar socos e pontapés
Bloqueei todas as entradas do meu coração raivoso,
Mas caí novamente no velho choro silencioso.

Palavras ecoam quebrando todas as vidraças da mente
E os estilhaços deixam-me querendo explodir.
Procurei morrer um pouquinho na caverna solitária e contente,
Porém no fim, enxerguei-me mergulhado em uma raiva que não sei como expelir.

Sob o manto da escuridão há uma canção sem notas musicais
Que toca repetidamente e não quero mais ouvi-la.
Eles agem como romanos fazedores de cruzes
Humilham com palavras pesadas e se compensam pela falta de luzes.

De todas as besteiras que um dia foram ditas.
Varreu-se em meu âmago a mais sincera sensação de desconforto
Que espremeu todo meu estômago em dores propriamente nunca sentidas.

Não me estenderei
E sei que a raiva irá fugir para outro lugar.
Não lhe crucificarei,
Pois no fundo tenho dó da falta de amor que sua vida nunca soube lhe dar.

E talvez algum dia,
Você poderá alguma hora se arrepender,
Mas os traumas causados por suas atitudes
Serão sentidos e sofridos futuramente, apenas por você.

Enquanto isso, o único que ouvirei sou eu...
E você?
Fingirei que morreu.

Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos