quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Hell, Hell, Hell

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Escrevendo alguns parágrafos rasurados numa folha de papel rasgada



( Eu acredito no mundo de fora do meu quarto, mesmo nesse amontoado de palavras )

Jamais notei que as imagens acumuladas entre as pálpebras pudessem atrapalhar tanto as atitudes que meus pensamentos cansados insistiam em ignorar. Estava olhando para o céu e não tive capacidade de perceber o quão simples essas imagens afetavam em minha vida, e olhando desesperadamente na ânsia de encontrar uma luz que pudesse guiar todas essas novas aventuras com uma forma segura, eu perdi o equilíbrio e caí.
Não percebi a intensidade da queda, mas quando dei-me por mim, lembrei-me que carros poderiam me atropelar e ainda assim percebi que no meio da rua nada poderia me atingir. Não olhei para os lados, mas tive a confiança própria de creditar passos milimetricamente cuidadosos para evitar que nessa longa observação nada me atingisse.

O passado está petrificado e não há maneira alguma de revivê-lo. Não quero, não gosto, me enoja e não me faz bem. Os fantasmas que me assombram toda a noite querendo saber por que tamanha tranquilidade, não conseguem ao menos tocar em meus pés e de tanto tentar, acabam deixando-me sozinho nessa estrada que se desenrola como um grande tapete vermelho.
Eu sei que a arte é difícil. Eu sei que tudo é difícil, mas vivo meus dias e noites em função dessa longa estrada que construí. Eu faço meus caminhos e é normal que ele seja estreito e sinuoso, mas ninguém consegue andar em linha reta por muito tempo.

Caminho difícil de construir. Sem métrica, tempo, medida, melodia ou rimas. Parágrafos compostos de sentimentos e palavras que eu não sei falar. Aliás, eu não quero mais falar...

Quem escreve, é:
Leaozinho, Igor ou Leaozinho da Laura que sofre em explicar todos seus pensamentos.

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos