sábado, 19 de fevereiro de 2011

A Contabilidade humana não bate

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Se tudo o que falo não me leva a nada
Como posso descrever esse poema?
Se dos meus próprios pensamentos não entendo
Até que nos números encontro a razão
E a partir de equações e raízes
Posso contabilizar as batidas do coração.

Outrora, penso com muita lógica.
Escapo de problemas com maneiras simples e exatas
Evito decifrar poemas e rascunhos alheios
Embora insista em contar os degraus de todas as escadas.

Tentando transformar a solução de um livro caixa
Em uma simples resposta de um livro razão
Encontro no passivo toda a negatividade
Que escorre pelas minhas mãos.

Talvez o futuro seja hoje
E demore até que eu aprenda
Que logo quando bati a porta do futuro
Ele gentilmente fez sinal de entra.

No entanto, sua face impossível de se contemplar,
Emudeceram todas minhas vozes.
E fez meu estomago entrar em pânico por pensar
Em aquilo que não se conhecia
Que no frio do silêncio conseguia me atormentar.

Talvez eles estejam certos
E no ativo esteja todo meu direito
De contemplar um por do sol cativante
Se despedir de estrelas
E viver um momento nunca visto antes.

É assim mesmo, a contabilidade humana não bate.
Posso arriscar todas as manobras fiscais em meu coração
E de repente sobrevoar nas estrofes da prudência
Embora saiba que hoje posso ser vítima de uma incoerência
Fecho livro e coloco reticências,
Pois amanhã será outro dia...

 Igor Gonçalves

2 comentários:

  1. Adorei a criatividade que colocou em seus versos para tratar do tema...
    Bem sacado!

    ;D

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  2. Ameeeei..
    -

    http://lollyoliver.wordpress.com/

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos