sábado, 17 de julho de 2010

Rua das Ilusões

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Porque eu não sei
Como suportei todas as situações
Que dizimaram com minha vida quando entrei
Na porta da Rua das Ilusões...

E espero que eles jamais nos façam carregar
As armas desprezíveis que tanto odiamos
Pois querer vencer não significa matar
Mesmo sabendo que eles acabam com tudo que amamos.

Os anjos do amor irão me proteger?
Estou cercado, sangrando atrás de caminhões
Procurando fugir, talvez me proteger
Do que há na Rua das Ilusões.

Mas estou sempre a procura de encontrar outras maneiras
Para lhe proteger, para lhe amar e lhe salvar
Onde não consigo mais encontrar bandeiras
De paz para enfim poder descansar.

A guerra é assim
As pessoas fazem o que podem para sobreviver
E alguns acabam tendo um triste fim
Por abandonar o lado correto da bondade para poder apenas se favorecer.

Mas eu necessito proteger
O que há em seu ventre é sagrado
Assim como nebulosas de cetim a florescer
No canto que é mais alegre por eu ter amado.

Você está chorando por não querer acreditar
A vida que carrega não poderá receber esse castigo
Usufruto de um sentimento que o laço nunca irá quebrar
Em suas preces tenta convencer que a paz encontre esses bandidos.

Com o peito costurado
Com a carne viva
Em sua epiderme existe a ferida
Profunda, mas nunca desistida.

Mas irá passar
Apenas precisamos nos apegar aos suspensórios da paz
Segurar bem firme, sem cair
Pois o conforto e a vida que lhe quero dar é onde quero ir.

Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos