quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Romance

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É tão poderoso,
Que as cirscuntancias me impelem de jogar tudo fora.
Eu tenho meus anseios
Meus tristes receios
Embora acabe contrariando-me e deixando fluir pelo ar.

Contrariar a si mesmo é um ato ousado
Quem eu penso que sou!
No milionésimo segundo de fuga que encontro
Acabo perdendo o tempo
E volto ao lar da realidade.

Fugir é ser covarde
Deixar de ser o parágrafo final em sua narrativa
Escrita em mínimos detalhes
É parafrasear a vida
Que por pouco não passou de maus olhares.

E aquela música que o coração toca?
Parece ser infinita aos meus ouvidos.
Vai ao superlativo extenso do final
Criando separações de canções
Que compõe um álbum inteiro de melodias...

Talvez essa minha face sisuda encontra-se em procuras
De talvez um sorriso que rasgue todas as barreiras.
Ou até então tirar os pés dos chãos
E acreditar que posso voar em belos ares
Passar pelas mais longas cachoeiras
Acreditando apenas em meu romance.

Mas o caminho é longo e tenso
E ás vezes nós insistimos em ficar debaixo dessa cobertura
Que nos cerca impedindo-nos de enxergar o céu azul
Que apenas o romance pode preceder.

E então naquela mais nova e sincera música
Aquela que está tocando hoje
No meu rádio coração meio defeituoso quebrado...
Diz que o amor é maior
Do que minhas convicções.

Igor Gonçalves


Um comentário:

  1. Criando separações de canções
    Que compõe um álbum inteiro de melodias...

    Lindo, lindo, sem delongas...
    Lindo.

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos