sábado, 11 de setembro de 2010

Uma taça e um brinde para as estrelas

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Olhei ao céu negrejante uma estrela solitária pensante
Invejei o fato de a estrela possuir luz própria
Enquanto eu forçava a vista e me encontrava em plena escuridão.
Ah, queria eu ser tão luminoso feito este ser.

Veio então à manhã, que desolava o céu em nuvens frescas;
A manhã chegou, embora não trouxesse o dia.
A luz que o Sol projetava aos meus olhos era apenas ilusória
Pois a verdadeira luz externa extinguira-se de mim.

Em minha face encontra-se o rubor causado pela vida
Pois nas estâncias mais longínquas de meu espírito
São causadas diferentes sensações inconstantes
Tanto de vidas presentes, tanto de vida distantes.

O céu luminoso das estrelas poderia afastar todo esse temor
O dia com sua luminosidade e paz presente
Contracenando com seu interior
Noite negra infestada da escuridão contingente.

Exilado de minha própria mente
Em zonas distantes e mais distantes
Andando por lugares desconhecidos e amaldiçoados
Fujo sem saber que o pior já me foi passado.

Queria eu juntar um exército
Fulminar essa minha muralha pessoal
Criada com fogo durante um tempo tempestuoso...
Feita de raiva e puro ódio, só deve ser destruída com afeto e puro amor.

Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos