terça-feira, 9 de março de 2010

VIDA DEVASTADA

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Eu tenho algumas memórias
De um tempo onde tudo foi perfeito
Também há algumas histórias
Onde acreditei que o amor era verdadeiro.

Quando tinha quinze era ingênuo
Quando tinha dezesseis fui enganado
As idades foram passando
E aos dezessete me tornei homem desconfiado.

Vendo o passado
Chego à conclusão de que não quero voltar
Pra que viver de um tempo acabado?
Onde o que eu fazia era apenas chorar.

Não importa o que eu faço,
Eu não avancei em nada
Não houve melhorias, não há mais melodias
O silencio que comporto é o que mantém meus dias.

Houve um tempo em que o amanhecer era belo
Hoje já nem sei mais sua definição
Embora a luz do Sol esteja morrendo de fraqueza
Ainda sei que posso esconder a tristeza.

Eu estou com medo de mim mesmo
Seria errado pensar assim?
Por fora há sorrisos
E por dentro tristezas sem fim.

Ah mas o que seria mais justo fazer?
Tentar melhorar
Ou ás vezes continuar a padecer?

Não há caminho de volta
Estou perdido numa estrada.
Onde não há ninguém,
Apenas minha vida devastada.

Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos