domingo, 6 de junho de 2010

Não

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Como as pessoas reagiram se eu deixasse de ser eu mesmo? Se de alguma forma talvez eu sumisse, qual seria a reação? Eu imagino uma coisa, mas, algo me diz que estou errado. Não há nada de romântico em deixar de existir. A dor é como um oceano, profundo, escuro e maior do que todos nós.
A dor... Ah como posso defini-la? É como uma ladra na escuridão mais sombria da noite. É silenciosa, persistente e praticamente invisível ao olhar dos outros. Exceto a quem é roubado e acaba perdendo coisas que não são encontradas em supermercados, farmácias e shoppings.

A dor é diminuída pelo tempo, amor e fé. Esses elementos combinados fazem uma mistura tão perfeita que é capaz de eliminar a dor perfeitamente, mas, eu pergunto... Como a dor irá sumir se a cada maldita hora ela suga meu amor, minha fé... e deixa comigo apenas o tempo. O tempo não para, as horas são como facadas em meu peito. Eu sinto tanta vontade de desaparecer, que muitas vezes a idéia de que não irei fazer a falta a ninguém é fruto muitas vezes comum em minha mente.

Não estou sorrindo, não estou falando e não tenho ação nenhuma de afeto. Como isso? Eu recebo tanto sentimento, mas não consigo absorver nem uma gota. Estou nulo, estou errado e todos os dias estão sendo impossíveis para mim.

... E o que me assombra, é não ter amor o suficiente para dar a ela. Porque eu sei, que se isso acontecer eu não farei sentido a mim mesmo, nem a ela. Isso será doloroso e ao mesmo tempo sombrio. Se isso realmente acontecer, eu mesmo terei a humildade de admitir que talvez eu não seja o suficiente a ela.



Esse fato já começa a surtir efeito... Bem lento, mas posso sentir.

Igor Gonçalves

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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos