Eu me revolto como a vida é tão vazia
Eu me propenso a fugir em uma estrada sem saída
As mãos duplas não cumprimentam o meu dia
Colido com você acidentando minha vida.
Os sons distantes perturbam minha alma
A pé de guerra fico manco
Desfaço amizade com a calma
E percebo que meu papel é um poema em branco.
O desencontro é o que nos deixa ligados
Esses fios que causam ruídos
Transferem toda vontade para o outro lado...
Aquele do peito, onde te deixei guardada.
Dois podem se completar para tudo
A adição de nossas vidas subtrai a felicidade
Pois os dias passam devagar,
E tudo irá demorar para eu ter-te de verdade.
Queria escalar esses muros que nos separam
Quebrar essas grades que me desagradam
Hoje te ver de longe é dolorido,
Pois a vida, outrora, deixou-me muito ferido.
Os ponteiros do relógio continuam a girar
Só que eu não sei mais contar
Os números não fazem mais sentido
E você, distante, não é o que está comigo.
Perto e longe é um conceito relativo
À poucos metros posso te ver
À muitos meses posso te ter
Ai, se você pudesse sentir como isso é ruim.
Não gostaria que você fosse uma mentira
Até porque disso o mundo está cheio
Se sou para você o mais perfeito,
Por favor, venha morar em meu peito.
Igor Gonçalves
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Viver é muito mais do que encontrar conceitos, belas frases. E nesse pequeno discurso cheio de erros de concordância e rimas toscas, tento dizer que o essencial não é visível aos seus olhos